quarta-feira, 30 de março de 2011

Felizes os adotados...

Filhotes adotados...
Esse é o caminho que temos tentado. 
Colegas da Embrapa são exemplos de sensibilidade e compreensão de que os animais também merecem respeito e um lugar digno para viver. 
Mendiguinhazinha, feliz da vida na casa da Jurema, os filhotes Tico e Teco adotados pelo Wellington, e o Tapioca, da Kátia e do Paulinho,  representam mostras de que não é preciso pagar caro por um animalzinho para ter retribuição de carinho. 
De raça ou vira-latinhas são todos iguais. 
Com atenção e amor, eles se transformam. 
Deixam a magreza característica das ruas, ganham pelagem brilhante, saúde perfeita e, claro, acabam ficando deliciosamente mimados...
 
Mendiguinhazinha, da Jurema

Jonnie e Linda, do George e da Isabel (já crescidinhos)


Tico e Teco, do Wellington

Tapioca (irmão da Linda que morreu), da Kátia e do Paulinho

Depois do Tapioca...

Primeiro, Linda. 
Depois, Tapioca...
Mas, sabe-se lá quantos outros estavam perambulando por ali... 
Definitivamente, o controle populacional em animais adultos e a adoção de filhotes era a única alternativa. 
E aos poucos, fomos descobrindo: há inúmeras iniciativas pontuais semelhantes por toda a cidade, orientadas por ongs e por pessoas (cidadãos como nós). 
Gatos não têm fronteiras, mas se fixam onde encontram comida e segurança.
Cabe a nós, apenas, a iniciativa de tentar oferecer a eles dignidade de sobrevivência. 

O que veio depois...

Depois da Linda, a inquietação aumentou. Não demorou muito - cerca de quinze dias depois - e mais uma notícia: havia outro filhote, branco, com o mesmo problema. Já sabíamos: era o tal prolapso retal...
Outro poderia morrer se nada fosse feito a tempo. Felizmente, o gatinho parecia estar em condições ligeiramente melhores. Era visto com frequência rondando a copa da Embrapa Informação Tecnológica em busca de comida, mas chegar perto era praticamente impossível.. Gatos nasceram livres... Não são como os cachorros...
Procuramos, então, orientação na ong Salvando Vidas Protetores Independentes. Uma das voluntárias, a Zezé, da Agência Nacional de Energia Elétrica, que tem experiência em programas de controle populacional de felinos na empresa dela,  foi fundamental nessa fase. O jeito era conseguir uma gatoeira para resgatar a criaturinha.  Era a única forma de evitar que novas Lindas morressem. 
Bem, assim fizemos, afinal outro gatinho branco estava à espera de ajuda. 
Um gatinho branco que hoje está adotado e se chama Tapioca. Resgatado, recebeu atendimento, foi operado e levado para nossa casa. Fraquinho, durante uma madrugada inteira, definhou visivelmente...Nem se mexia mais... Como a Linda, irmã dele, achamos que não sobreviveria... 
Mas, milagres acontecem e foi o fato de um milagre ter acontecido, que hoje persistimos na luta pela salvação de outros...


 

Como tudo começou

O Projeto Linda começou de um jeito que parecia casual...
Mas, no fundo, não devia ser, porque as coisas foram acontecendo em uma sucessão de fatos inevitavelmente incontroláveis.
A primeira gatinha, a Linda - batizada assim pela delicadeza, pela doçura - foi como o sinal de alerta sobre a situação dos outros felinos que vivem nas imediações da Embrapa.
Um dia de novembro de 2010, o seu Ivan, que trabalha na Gráfica, avisou que havia um gatinho doente - segundo ele, com hemorróida - no galpão que funciona como anexo do almoxarifado.
Fomos atrás imediatamente... Nenhum esforço precisou ser feito... Ela estava completamente vulnerável, fraquinha...
Ribamar, um dos nossos parceiros mais queridos desde o início, foi quem resgatou a criaturinha.
Resumindo: foi levada ao Hospital Veterinário da Universidade de Brasília e o diagnóstico foi prolapso retal, giardíase em estágio avançado, contaminação  por produtos químicos. Mas, apesar de tudo, os veterinários - e nós - acreditamos que sobreviveria. 
Sua luta pela vida durou apenas três dias. 
Foi uma dor grande... mas, hoje entendemos que esse foi o papel dela...  
A imagem que temos da Linda foi feita meses antes... Em junho, quando nasceu, junto com os irmãos... E é essa foto que usamos no Quem somos.  

A partir daí, as coisas não pararam de acontecer. 
E até quem diz que não gosta de gato, inexplicavelmente, nos procura quando tem notícias de algum. Coisas do destino...
O fato é que estamos felizes, principalmente pelas parcerias que temos conquistado em nome da vida... 
Pessoas-chave, chefias de setores essenciais ao nosso trabalho dentro da Empresa, têm nos apoiado e contribuído para que consigamos buscar a harmonia na convivência entre felinos e humanos...  
 

Linda, com o Tapioca (hoje adotado) e mais um irmãozinho, poucos dias depois do nascimento